Uma fina lâmina de luz
cortando pálpebra e
cérebro seco.
O bom-dia do dia
amarga no corpo.
Estridente no crânio,
arenoso na língua,
grudento nos olhos.
Há uma cueca e
uma calcinha
no meu rosto
que não são minhas,
mas há mais pessoas
nuas aqui do que
roupas íntimas.
Comida no teto.
Copos incertos.
Líquidos perigosos.
Cheguei, bebi e
em branco.
Nada.
Agora o fígado reclama,
fazendo o que pode,
sugando as forças nunca vistas.
O rosto verde musgo e...
onde deixei minha calça?