Aplausos ao vão entre um
escuro e o outro.
Caminhada vespertina,
seguindo o sol cansado
após um chuvisco de verão.
As poças não mentem,
entregam a gente,
o de repente,
o rosto que sente.
Espelhos naturais como
os olhos da rua.
Tanta pessoa
numa esfera meio oval
e ainda assim tropeço
em você.
"Olha, não tá funcionando.
Melhor pararmos por aqui."
Palavras que a brisa trouxe.
Por que agora?
Logo AGORA?
Palavras que cimentaram
toda a beleza.
Acinzentaram todas as
ondas do espectro.
Só restou a caminhada.
Sempre em frente.