pequenos pedaços.
Mais ou menos do tamanho
entre um pino de cocaína e
uma paranga de 20 bem servida.
Os pedaços não precisam
ser iguais se só você vai
comê-los, mas quanto menor for,
mais rápido vai cozinhar.
Coloco água na panela
pra cobrir as batatas e aí sim
eu ligo o fogo.
Tudo Isso garante um cozimento
mais feminista.
Boto sal na água. Aí vai depender
da sua pressão arterial no momento.
Espero ferver e aí conto
uns dez minutos.
Fico encarando o abismo e
então espeto o garfo pra ver
o ponto
(da comida, e não do abismo).
O ponto certo é você que decide
porque você já é adulto e
pode muito bem experimentar
a porra da batata
pra ver se tá legal.
Jogo a água fora,
tempero com aquele orégano
que você fumou no papel de pão
quando era adolescente.
Pode botar mais coisa;
vinagre, limão, cebola,
crise de ansiedade.
Espero esfriar um pouco,
mando pra geladeira e
deixo lá por 50 anos ou até
eu ter saúde emocional.