segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

QUANDO O GORÓ ACABAR

Sem álcool fica difícil
brincar de ser feliz.
Um brinde aos erros!
Noites de mentira,
risadas de faz de conta.
Ninguém liga.
Estão ocupados mascarando
o que pensam ser um erro.
É tarde demais.
Quando o goró acabar,
olhe nos olhos dela.
Veja se o vazio ainda
tá lá.
Veja se o abismo
olha de volta.
As pontes caíram e
os barcos queimaram.
É tarde demais.
Sua carteira tá cheia de espaço.
Copos sujos lambidos por ratos.
A hora não passa.
Diga sim, queira não.
Os pontos incertos de uma obrigação.
E o goró acaba.
Acaba em vão.
Não para.