Estamos presos
Nos nossos olhares
No nosso andar
Na roupa que vestimos
Estamos tão engasgados
Com uma maré de fúria
Que culpamos a platéia
Que nos julga, com suas personas
Mal vestidas e clichês
Tem alguém que abre um sorriso
E se diz longe das amarras
Enforca-se na própria ideologia
Me diga com quem você anda
Que eu te direi
“Ande mais”
Estes que não ligam para sua ressaca
Estes, e somente estes
Merecem respeito
E um pouco
De amor.