Um cara qualquer anda pela rua, apressado
De tanta pressa, esqueceu-se de me ver
Acabou trombando comigo
Papéis voaram pela rua
Fugindo da gente como pássaros
gritando por liberdade
Mal sabiam eles
Que seu dono era o escravo
E no fim, o homem me sorriu
Um agradecimento
Talvez o único sorriso que aquela pobre alma
Irá sorrir neste maldito dia
Nesta maldita cidade
E que depois venham os pecados da noite
Para lavar nossas almas
Depois de as entregarmos
Para um babaca que nos paga
O dinheiro do próximo trago
O verdadeiro sinal
De que estamos bem
Estamos bem, não é?