É a serenata da cidade.
Quero ficar louco até enxergar
português em russo.
Viver segundos concretos.
Vazando de um dia ao outro,
apertando cinzas
como se ficassem sólidas
nos meus dedos.
Tiro!
Pra ficar ligado.
Tiro!
Pra me importar.
Assistindo a vida
num filtro tosco de
tela azul.
Nem imagino pra onde foram
os sonhos de verão.
Nem sei se
devo me preocupar.
Não é hora pra isso.
É hora de lembrar quem sou,
ou aceitar o próximo trago.
Não há meio-termo nessa brisa.