quarta-feira, 10 de março de 2021

MATEI O RESTO DO GORÓ

Chapei no cantin,
mandei no cantinho,
final de amargo,
gostin de fim.

Poema incompleto,
complexo imperfeito
do pretérito não feito.

Futuro cobrando,
Tá tirando mano?
Tá tiran dos mano
o tempo
pra pagar seus engano.
Nada rima 
na ferida sangrando.

Cabeça na mesa, repensa
e pesa na pressa que estressa
em ofensa a caneta
grita, maluco!
GRITA, doidão!
Cê tá brabo
na comida de rabo
dos versos disparados.

Click, carrega o ferro,
atira no teto,
deixa Deus te ver.

Click, carrega o cano,
atira no crânio,
deixa a mente morrer.
Carai, que tinha nesse goró
que eu tô chapan?