Gostaria de ler nicotina.
Que escrever fosse
como riscar um fósforo.
Que beijar fosse uma cópia
do ato de lamber uma seda.
Amaria ver fumaça
saindo dos meus versos,
fumegando forças falsas
feito o ar.
As cinzas escuras da tinta
preta que pinta a letra
da última sílaba.
Que você fosse meu cinzeiro
ou meus pulmões.
Silêncio.
O trago.
Te trago pra dentro do verso.
Depois te solto.
Foi embora.
Se misturou com o mundo e
ficou invisível.