Os pisos amarelados com
o divino mijo dos
felinos, sem cheiro ou
amor.
Só o reflexo por baixo da
porta da sala.
Não chamem meu nome,
porque eu sei que
nada é por mim realmente,
e nenhum abraço é
em mim realmente.
Não sou bateria pro seu ego.
O diabólico mijo
escurece como o
pôr do sol
de um sábado.
As costas grudadas no
azulejo do chão e mãos e
ossos e temores e
adrenalina. Cheiro de nada.
Cheiro da própria pele.
Não me convidem pra sair.
Não sou aquecedor de solidão.
O mortal mijo
evapora de manhã
junto da água
que sai pelos meus olhos e
meu nariz.