Construindo torres das
moedas
que peço e perco pelas
escadas quando caio
na noite, da noite, com
a foice
esticada sobre o
pescoço
no esforço de não
perder a cabeça.
Colar de níquel, ferro
enferrujado
poder de comprar
o que já tá pago.
E é nessas remessas,
nas vielas das arestas
que artista se distrai
contando com um pouco
de amor.
Amor que cisma. Amor
teimoso.
Amor que puxa até o
esgoto.
Ele esgota as notas
mais caras das
canções mais baratas.
No fim, não vale nada.
Enfim, não quero nada.
Assim eu posso ter tudo
e em mim guardar todo
um mundo.