Quando acaba o litro
é que o riso fica solto
como a rua
vira sua,
minha,
nossa.
Minha nossa!
São que horas?
Como passa depressa.
A noite é festa
de minutos
anfitriada pela lua.
Eu queria sua pele nua
na minha.
Seu corpo inteiro.
Fazer bem feito, e refeito,
peito com peito,
sem receio.
É que não sei se te amo
pelo resto dos meus anos
ou só enquanto
a gente vai se beijando.
Quando acaba o litro,
lá se vai o sentido.
Fico repetindo o que sinto.
Alma esplendorosa,
bunda maravilhosa.
Segura o cabelo pra botar pra fora
a mistura taciturna
do álcool com a aposta.
Apostou que aguentaria,
de copo cheio e garrafa vazia,
a vida
e toda essa putaria.