Imagino nosso agora
queimando lentamente
como incenso de
baunilha.
Imagino que não há nada
acontecendo.
Entre planos e desejos,
ficamos próximos do desapego.
Uma chuva doce
cai por toda uma cidade.
Gotas lavando o desafeto,
ignorando o incerto,
brilhando no concreto.
Imagino que tá tudo bem.
Enquanto o incenso não acaba,
sonhamos como anjos.
Como o divino e o profano,
a verdade e o engano,
deuses e humanos.
E então um café bem forte
pra quebrar essa dualidade.