Penso, penso
em horas de sono.
Todo homem dorme,
calando olhos,
treino de morte.
Vejo problema no
tom da voz,
no que disseram,
no que dirão.
Foi mais uma hora.
Então outras.
Perdeu-se a primeira,
perde-se todas.
Agora há manhã em minha janela.
E nenhum sonho no corpo.
Só imaginação e
cultivo de catástrofes.
Chuva de abstrato.
Dormirei ao bom-dia, provável.
Acordarei às treze, para café e
outra chance nesse mundo.