Café está na pausa do costume
de tentar arrancar energia da
continuidade.
Nunca paramos.
Nunca dormimos.
Nem respiramos.
Nem nos abrimos
pro que dá pra ser
sendo você, e
pro que dá pra ver
sem entender.
Preciso fazer a barba e cortar o sal.
Também preciso de um trabalho
que me faça mal.
E enquanto eu penso num jeito de vender fé
eu faço
o meu
café.
Mas não se guarda mais amor como
antigamente.
Você só cola o que te cabe
e pinta a parede
pra reformar o cemitério
de expectativas.
Um caso sério com alguém que iluda
perfeitamente
pra não precisar
seguir em frente.
E enquanto eu penso num jeito de vender fé
eu faço
o meu
café.