Mais um trago indigesto,
e os nossos sonhos que descem
descarga abaixo.
Gostaria de saber se
todos sentem o que eu sinto.
Se tudo isso vale a pena, e
se essas gargalhadas são verdadeiras.
Eu sei que ainda não sou o que querem
que eu seja.
E não importa: o copo se enche
novamente, os corpos e as cascas
passam flertando com o vazio.
Os carros cantam música eletrônica.
A noite chega, a mesa está vaga e
nós somos felizes até o próximo
tropeço.
Até a próxima encarada no espelho.
Minha geração goza em máquinas.
O match é perfeito.
O cigarro vai queimando tudo, e
cada um segue sua vida,
crente de que estamos vivos.