Nós viramos a mesa
porque temos mentiras
debaixo da manga.
Perdemos a mente para
garrafas de plástico.
Amém.
Obedecemos nossos instintos
como os mortos obedecem
seus caixões.
Guardamos as histórias doentes e
cansadas numa cidade
apagada pelo excesso de luz e
propaganda.
Mandamos nossas visões para
o deserto de nossas mentes e
páginas em branco.
Porque as notas continuam
dirigindo a gente pelo vermelho
do asfalto, e nossas lâminas
não enferrujam abaixo da
superfície, e há muito desejo
para cumprir quando você é
peão e rei ao mesmo tempo.