uma rosa branca abandonada
morrendo num copo d'água.
já não sei quantas pessoas
me esqueceram numa esquina.
uma rosa branca se suja de tinta
pra ser vermelha.
pra ser aceita.
já não sei quantos galões
minha mente bebeu.
uma rosa branca e pálida
amarelando como eu.
os dois se apertam no mundo
pés e raízes buscando o fundo.
estamos velhos demais
para ter medo de nadar.