Comi uma pizza
com gosto de mentira.
Bebi em plástico
esperando o fantástico.
No meu esquema
falhou-se todo o plano.
Eu não me engano;
a culpa é seu dilema.
Viver pra mim ou
morrer na história.
Viver por mim ou
doar minha glória.
E nessa noite o
distinto é distoante.
Não temos medo,
o valor que é distante.
Não sinto nada.
Não vejo o certo.
Talvez o certo
Seja um nada!
Viver pra mim ou
morrer na história.
Viver por mim ou
doar minha glória.
E eu não sei
o que quis.
Eu só sei
o que pedi.
E nenhuma manhã
paga o preço
do nosso apreço
por um novo amanhã.
E nenhum desajeitado
tem que governar
toda uma nação.
Eu vejo o errado
disfarçado
de "elaborado".
É mentira,
rima limpa,
sujeito e predicado.
Quem nós somos
na oração?
Viver pra mim ou
morrer na história.
Viver por mim ou
doar minha glória.