"Posso sentar
com você?"
Seus olhos estavam
bêbados e
caíram no copo.
O relógio saltou para
quase meia-noite e
nos vimos presos na
rua.
Preparados com água
benta,
garganta deserta em
meio à chuva.
"Posso ficar com
você?"
O ruído devorava a
delicadeza de sua
voz.
Seus olhos beijaram
os meus
e nós caímos da
cadeira
enquanto vomitavam
flores e
batata-frita no
bueiro.
"Posso ir embora
com você?"
Pagamos o último
litrão
E nós fomos por todo
o caminho,
e nós voltamos por
todo caminho
de almas
entrelaçadas.