Rasguei a pele com
tinta e ferro
pra dizer algumas
coisas
sem abrir a boca.
Botei uma moeda na
orelha e
uma argola na gengiva
pra reformar o meu
templo.
Um novo ambiente toda
vez que
olho para o espelho
Rasguei o braço, o
rosto e
as pernas
pra ficar mais
orgulhoso de mim.
As regras são minhas.
Eles entenderam.
Eu os fiz entender.
Meu dedo do meio está
levantado
porque eu rasguei a
hipocrisia.
Perfurei a falsa
moralidade
e bifurquei as
tradições.
Agora me penduro num
depósito velho
enquanto meu
sangue pinta o chão.
E eles entenderam.