pois ela é minha
milagre de um universo
cheio de vagas estrelas infinitas
hoje eu quero uma latinha
na praça da quebrada
dividir com quem me faz sorrir
quero vestir o que sou
curto comprido o que for
preto e branco colorido
uma vontade de cada vez
todas numa dose
da gente
deixa eu escutar
meus gritos meus barulhos
que pra você não é música
mas pra mim é tudo
sonora melodia da noite
escura só pra quem
não tem luz
deixa eu errar pra aprender
experimentar pra não gostar
e que goste uma parte minha
e que se perca tentando
me encontrar
é assim que é feita gente
(as de verdade, pelo menos)
queimando o que tem de queimar
como uma estrela que vaga
num universo meu
cheia de agora
orbitando a infinda aurora.