segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

ANSIEDADE É UMA BOSTA

Bate o peito
como datilografia.
Velho coração
emputecido
pelo toque da mão
na maçaneta do portão.
Tento respirar
em pausas.
Paro dez vezes e
agonizo quinze.
As vozes da rua
chamando o dia
pra morrer na tarde
no funeral da noite,
até que tudo
esteja morto.
Só preciso
sair de casa.
Cérebro empapado
de pensamento inútil.
Mil imagens nos olhos.
Milhões de tragédias.
Bilhões de gente.
Nenhuma solução.
Enfio a chave na
tranca enferrujada e
torço meu pulso.
Sepá eu fico melhor.