Descobri que o fim é inútil.
Vivemos pela continuidade.
Estamos no meio, e
é isso que importa.
Aonde aquela conversa vai te levar?
Aonde caminhar de manhã
vai te levar?
Este não é o ponto.
Todos te desejam
"Boa viagem", e não
"Boa chegada".
A vida só existe para viver,
e um gole de café ou
um namoro de duas semanas
são valiosos por eles mesmos.
Afinal, qualquer merda
vale a pena.
Anote isto.
terça-feira, 20 de junho de 2017
CANTINHO DO VALE
A garrafa barata
traz a brisa exata
de quem erra num dia
pra se perder numa vida.
Conheço gente caindo
e gente subindo.
No fundo do poço ou
com grana no bolso.
Os parceiros cumprimentam
e dão um corte que aguentam
regando em vinho o tempo
pra sentir o momento
ou o vento.
Abraço gelado, cê faz do seu jeito.
Fumado ou cheirado
não importa o sujeito.
Prejudicado, calado,
dopado, roubado
da liberdade de ver um irmão
sem se lembrar da prisão.
Tá todo mundo preso.
Ninguém sai ileso.
A vida te derruba,
mas mesmo assim cê se arruma,
subindo no skate,
fumando um Eight.
Salve parceiro,
sempre olhe pra frente.
Porque alí tem caminho e
cê não tá mais sozinho.
Compramos um vinho
pra saudar o abismo.
traz a brisa exata
de quem erra num dia
pra se perder numa vida.
Conheço gente caindo
e gente subindo.
No fundo do poço ou
com grana no bolso.
Os parceiros cumprimentam
e dão um corte que aguentam
regando em vinho o tempo
pra sentir o momento
ou o vento.
Abraço gelado, cê faz do seu jeito.
Fumado ou cheirado
não importa o sujeito.
Prejudicado, calado,
dopado, roubado
da liberdade de ver um irmão
sem se lembrar da prisão.
Tá todo mundo preso.
Ninguém sai ileso.
A vida te derruba,
mas mesmo assim cê se arruma,
subindo no skate,
fumando um Eight.
Salve parceiro,
sempre olhe pra frente.
Porque alí tem caminho e
cê não tá mais sozinho.
Compramos um vinho
pra saudar o abismo.
ELES ME CONHECEM
Algumas vezes eu esbarro em alguém
que me conhece.
Não é recíproco.
Fico sem graça em não lembrar
do nome ou da situação.
Me desculpe.
É que na maior parte do tempo
estou pensando no sentido da vida.
Minha mente se esconde
no canto sombrio dos pensamentos.
Você sabe; aquela voz que
diz que tudo vai dar errado,
nada tem valor,
a humanidade é triste e
tudo mais.
E eu não consigo prestar atenção
no momento.
Isso me rende mais poemas,
mas é um preço alto a se pagar.
Eles me conhecem, mas eu
não os conheço.
Eu não conheço ninguém.
Eu não conheço nada.
Eu não me conheço.
que me conhece.
Não é recíproco.
Fico sem graça em não lembrar
do nome ou da situação.
Me desculpe.
É que na maior parte do tempo
estou pensando no sentido da vida.
Minha mente se esconde
no canto sombrio dos pensamentos.
Você sabe; aquela voz que
diz que tudo vai dar errado,
nada tem valor,
a humanidade é triste e
tudo mais.
E eu não consigo prestar atenção
no momento.
Isso me rende mais poemas,
mas é um preço alto a se pagar.
Eles me conhecem, mas eu
não os conheço.
Eu não conheço ninguém.
Eu não conheço nada.
Eu não me conheço.
ARROGÂNCIA
Dói. O espaço vazio entre um pensamento e o outro. Simplesmente dói. Ter linhas em branco, uma infinidade delas, e os bolsos da cabeça secos. Reparei que humanos gostam daquilo que não gostam, ou pelo menos mantém estas coisas vivas. Um incêndio alimentado por uma lenha de cada vez. Nossas mãos sujas de carvão apontam para a cara um do outro, e ninguém sabe fugir ou lutar. Estou tentando, sabe? Eu tento todo dia em que consigo levantar da cama sem querer voltar. Mas as ruas dificultam as coisas, e as madrugadas são longas demais. Esse riso histérico e bêbado. Basta virar uma esquina que você verá garrafas bebendo pessoas.
Eu era uma delas, e então enjoei. Foi numa noite em que eu não queria mais tocar em ninguém. Simplesmente acontece: você não quer mais a respiração delas e as suas palavras martelando seus ouvidos cansados. Você busca a solidão e faz amor com ela sete dias por semana. Todo mundo é tolo demais, raso demais, chato demais. E é então que você sente algo parecido com ódio. E este ódio vira tristeza. Desesperança. Não há ninguém pra conversar; é tudo besteira, vai passar. Enquanto não passa, que tal um jogo de desafios?
Eu era uma delas, e então enjoei. Foi numa noite em que eu não queria mais tocar em ninguém. Simplesmente acontece: você não quer mais a respiração delas e as suas palavras martelando seus ouvidos cansados. Você busca a solidão e faz amor com ela sete dias por semana. Todo mundo é tolo demais, raso demais, chato demais. E é então que você sente algo parecido com ódio. E este ódio vira tristeza. Desesperança. Não há ninguém pra conversar; é tudo besteira, vai passar. Enquanto não passa, que tal um jogo de desafios?
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