segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

ONDE AS NOITES SE ENCONTRAM

pés de Augusta
o fígado pensando
qual buteco tem a alegria
mais barata

quando escurece
os desejos ficam
mais claros
desejei sua boca
na sua vinda
e me apaixonei
pelas suas costas
na sua ida

despedida despida
é maravilha risada
de todos os dentes
a gente uni nossas noites
onde elas se encontram

os letreiros apontam
qualquer direção a ser seguida
pra cima
eu por baixo
(eu pra baixo)
acho que não tem como
ficar triste por muito tempo
quando o próprio tempo tem pressa
passa mescla
as horas num minuto

pés de Augusta
paulista
estações mandando a gente embora
espero lembrar disso tudo
amanhã