tô numa vontade de vomitar
as palavras indigestas
num gesto forte de rebeldia
a luz escapa pelas frestas
da janela do meu quarto
reanimando o corpo farto
de tragos solitários.
agora fico com a ressaca
e a dança macabra das paredes.
agora fico na minha casa
bebendo o que não mata a sede.
eu sei, eu quis
é que a garrafa sempre diz
aquilo que ninguém mais fala.