a sobriedade me cega
ao encontro do profundo
meu bem, sou um ser sujo
limpando a poeira dos olhos
e pulmões
e coração
respiro fundo
ar em demasia
uma boca à mais
pra respirar
minhas fantasias
já seria
um milagre
o gelo se afoga
na caipirinha mal produzida
tão boa quanto
as idas e vindas
de quem sumiu mais rápido
que a minha brisa
eu tenho paredes e copos
música, acordes
nada que muda
o jeito que acordo
acordei
mais uma vez
fumando meu tempo